sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

feliz natal....feliz natal....

FELIZ NATAL!!!!!!!!!
Retirado do Blog BEIJO DE MULATA:


"[se belém fosse em ocua] o cajueiro de natal

Pequeno Conto de Natal
Porque a vida é mais bonita do que pensamos...
Em Dezembro, em Ocua, era Natal e entardecia sem que por perto qualquer sinal nos pudesse dar testemunho da data. Tempo de fome, de seca e calor asfixiante, em que a chuva tardava como uma noiva cruel, abandonando as sementeiras e o povo no altar, no desespero de uma boda por mil vezes não consumada, de uma promessa de frescura mil vezes adiada... Era Natal e o calor era irrespirável. Era Natal e ao entardecer não havia luzes nas ruas, ninguém a correr a comprar os presentes de última hora, nenhuma árvore ornamentada. Era Natal e, inquietantemente, faltava o cenário, faltava o tom que o pano de fundo imprime no estado de espírito... mas aparentemente só nós o sentíamos. Tudo o resto, alheio à inquietude que nos vivia por dentro, decorria na rotineira placidez de África.
Se Jesus menino tivesse nascido em Dezembro em Moçambique, uma capulana teria bastado para o aquecer. E se Belém fosse em Ocua, em vez da vaquinha e do burrinho no estábulo, talvez uma qualquer ave do mato tivesse batido as asas num leque improvisado, oferecendo um sopro refrescante ao seu corpinho de menino... Que nestes casos a poesia da religião e o seu lado de Alice no País das Maravilhas, de fábula, magia e metáfora tem sempre forçosamente de assomar.
Mas foi precisamente aqui que a Natureza nos declarou, estridentemente, o quanto tínhamos sido injustos. Que tudo quanto a Europa faz de uma forma sistemática, asséptica e geométrica, África improvisa e encanta. E foi quando, em Ocua, em frente à casa da Missão, o cajueiro se encheu de centenas de pirilampos, numa árvore de Natal natural erguida na noite, com mil pequenas luzes piscando.
Post dedicado à Sandra e ao Padre J. Torres, que viveram em Ocua (Cabo Delgado, Moçambique) alguns dos melhores anos das suas vidas. A história é verídica. Foi a Mila quem ma contou."

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

domingo, 21 de novembro de 2010

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Boee - by Israeli singer Idan Raichel

Que saudades de África!!!!!!!! Horas e horas a ouvir BO´EE a caminho de Benguela :)...

Nota: afinal a Joana tinha razão.... ficamos mesmo viciados naquele continente....

sábado, 28 de agosto de 2010

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

sábado, 22 de maio de 2010

...nós...











... no nosso terraço... muito em breve....com uma brisa boa...com o tempo parado...e nós...sorrindo..
pic:Livian Talossa

...mamica....

...que saudaditas da casa da mamica RUJA e da sua bela comida.....

Pic:livian talossa

sábado, 8 de maio de 2010

quinta-feira, 29 de abril de 2010

LOVE...LOVE...LOVE...DANU



é lamechas... mas é mesmo assim :)

terça-feira, 13 de abril de 2010

segunda-feira, 12 de abril de 2010

sexta-feira, 9 de abril de 2010

SANDRIAM...

Strawberry fields forever....

Strawberry fields forever

"O homens europeus descem sobre Marrocos com a missão de recrutar mulheres.
Nas cidades, vilas e aldeias é afixado o convite e as mulheres apresentam-seno local da selecção.
Inscrevem-se, são chamadas e inspeccionadas como cavalos ou gado nas feiras. Peso, altura, medidas,
dentes e cabelo, e qualidades genéricas como força, balanço, resistência. São escolhidas a dedo, porque
são muitas concorrentes para poucas vagas. Mais ou menos cinco mil são apuradas em vinte e cinco mil.
A selecção é impiedosa e enquanto as escolhidas respiram de alívio, as recusadas choram e arrepelam-se
e queixam-se da vida. Uma foi recusada porque era muito alta e muito larga.
São todas jovens, com menos de 40 anos e com filhos pequenos. Se tiverem mais de 50 anos são
demasiado velhas e se não tiverem filhos são demasiado perigosas. As mulheres escolhidas são
embarcadas e descem por sua vez sobre o Sul de Espanha, para a apanha de morangos. É uma
actividade pesada, muitas horas de labuta para um salário diário de 35 euros. As mulheres têm casa e
comida, e trabalham de sol a sol.
É assim durante meses, seis meses máximo, ao abrigo do que a Europa farta e saciada que vimos
reunida em Lisboa chama Programa de Trabalhadores Convidados. São convidadas apenas as mulheres
novas com filhos pequenos, porque essas, por causa dos filhos, não fugirão nem tentarão ficar na
Europa. As estufas de morangos de Huelva e Almería, em Espanha, escolheram-nas porque elas são
prisioneiras e reféns da família que deixaram para trás. Na Espanha socialista, este programa de
recrutamento tão imaginativo, que faz lembrar as pesagens e apreciações a olho dos atributos físicos dos
escravos africanos no tempo da escravatura, olhos, cabelos, dentes, unhas, toca a trabalhar, quem dá
mais, é considerado pioneiro e chamam-lhe programa de "emigração ética".
Os nomes que os europeus arranjam para as suas patifarias e para sossegar as consciências são um
modelo. Emigração ética, dizem eles.
Os homens são os empregadores. Dantes, os homens eram contratados para este trabalho. Eram tão
poucos os que regressavam a África e tantos os que ficavam sem papéis na Europa que alguém se
lembrou deste truque de recrutar mulheres para a apanha do morango. Com menos de 40 anos e filhos
pequenos.
As que partem ficam tristes de deixar o marido e os filhos, as que ficam tristes ficam por terem sido
recusadas. A culpa de não poderem ganhar o sustento pesa-lhes sobre a cabeça. Nas famílias alargadas
dos marroquinos, a sogra e a mãe e as irmãs substituem a mãe mas, para os filhos, a separação
constitui uma crueldade. E para as mães também. O recrutamento fez deslizar a responsabilidade de
ganhar a vida e o pão dos ombros dos homens, desempregados perenes, para os das mulheres,
impondo-lhes uma humilhação e uma privação.
Para os marroquinos, árabes ou berberes, a selecção e a separação são ofensivas, e engolem a raiva em
silêncio. Da Europa, e de Espanha, nem bom vento nem bom casamento. A separação faz com que
muitas mulheres encontrem no regresso uma rival nos amores do marido.
Que esta história se passe no século XXI e que achemos isto normal, nós europeus, é que parece pouco
saudável. A Europa, ou os burocratas europeus que vimos nos Jerónimos tratados como animais de luxo,
com os seus carrões de vidros fumados, os seus motoristas, as suas secretárias, os seus conselheiros e
assessores, as suas legiões de servos, mais os banquetes e concertos, interlúdios e viagens, cartões de
crédito e milhas de passageiros frequentes, perdeu, perderam, a vergonha e a ética. Quem trata assim
as mulheres dos outros jamais trataria assim as suas.
Os construtores da Europa, com as canetas de prata que assinam tratados e declarações em cenários de
ouro, com a prosápia de vencedores, chamam à nova escravatura das mulheres do Magreb "emigração
ética". Damos às mulheres "uma oportunidade", dizem eles. E quem se preocupa com os filhos?
Gostariam os europeus de separar os filhos deles das mães durante seis meses? Recrutariam os
europeus mães dinamarquesas ou suecas, alemãs ou inglesas, portuguesas ou espanholas, para irem
durante seis meses apanhar morango? Não. O método de recrutamento seria considerado vil, uma
infâmia social. Psicólogos e institutos, organizações e ministérios levantar-se-iam contra a prática
desumana e vozes e comunicados levantariam a questão da separação das mães dos filhos numa fase
crucial da infância. Blá, blá, blá. O processo de selecção seria considerado indigno de uma democracia
ocidental. O pior é que as democracias ocidentais tratam muito bem de si mesmas e muito mal dos
outros, apesar de querem exportar o modelo e estarem muito preocupadas com os direitos humanos.
Como é possível fazermos isto às mulheres? Como é possível instituir uma separação entre trabalhadoras
válidas, olhos, dentes, unhas, cabelo, e inválidas?
Alguns dos filhos destas mulheres lembrar-se-ão.
Alguns dos filhos destas mulheres serão recrutados pelo Islão.
Esta Europa que presume de humana e humanista com o sr. Barroso à frente, às vezes mete nojo."

Um excelente texto da Clara Ferreira Alves sobre a Europa.
Dá que pensar sobre o rumo que a sociedade vem tomando.


Por vezes só nos resta tapar o nosso rosto de vergonha e chorar....

sábado, 3 de abril de 2010

...um...


Adorava ter um...

terça-feira, 30 de março de 2010

quando for grande...







SANAA - LAUSANA
QUANDO FOR GRANDE TAMBÉM QUERO SER ASSIM:::: :)

quinta-feira, 18 de março de 2010

...como eu...


Sandra Juto pict.
... como eu gostava de acordar de manhã e tudo fazer sentido.... como eu gostava que tudo fosse simples.... como eu adorava ter coisas normais...como eu gostava...

sexta-feira, 12 de março de 2010

...imensidão...


Hoje o dia foi longo... por terras de Viana - Angola, com um sol abrasador e uma imensidão de obras sem fim...

quinta-feira, 11 de março de 2010

...they...you...


P.D.
tem dias em que de facto não nos sentimos como "lobos da alcateia".... mas depois paramos para pensar e percebemos que talvez o problema seja não sabermos qual é a nossa "alcateia"....

quarta-feira, 10 de março de 2010

...um novo início....






















confesso que a imagem não é minha.... mas foi ela que despoletou o início para uma nova frente...
obrigada e desculpa pelo "roubo"...

...always...












Peyton Draws